22 de julho de 2015

Abinee: zerar tarifas de importação de TI “seria um tiro no pé”

A indústria elétrica e eletrônica instalada no Brasil reagiu à repercussão dada a um acordo internacional que almeja zerar tarifas de importação de produtos de base tecnológica – de semicondutores a videogames. Em nota a Abinee sublinhou que participar de tal acordo, em vias de ser ampliado na Organização Mundial do Comércio, seria mau negócio para as empresas daqui.
“A posição do Brasil de não participar do acordo é a única razoável no momento. Hoje, aderir a um tratado em condições claras de desvantagem, seria um tiro no pé. Ao discutir um acordo semelhante, além de observar o que as outras nações oferecem e quais produtos estão em jogo, a primeira e óbvia avaliação que deve ser feita é sobre as condições internas de competição do Brasil”, diz a entidade.
A entidade sustenta ainda que “assinar este acordo significa inviabilizar a existência de indústrias de TIC no Brasil, que geram cerca 150 mil empregos diretos, com trabalhadores treinados e qualificados. É fundamental destacar que o Brasil é hoje o terceiro maior mercado de computadores e quarto de aparelhos celulares no mundo, o que, mais uma vez, justifica a existência de uma indústria local que atenda a demanda”.
No fim de semana, a Organização Mundial do Comércio anunciou que 54 países – dos 80 signatários do Acordo sobre Tecnologia da Informação – sinalizaram um entendimento para ampliar a lista de produtos tecnológicos que terão tarifas de importação zeradas. Firmado pela primeira vez em 1996, a lista deve chegar a 200 produtos que geram um comércio anual de US$ 1 trilhão.
Como avalia a Abinee, a taxa de câmbio já é desfavorável à indústria nacional: “Com este fardo, largamos sempre muito atrás dos nossos pares”, pontua a nota. Ao contrário, não participar do ITA pode ser vantajoso para países como o Brasil que não são signatários.
Segundo divulgou a Organização Mundial do Comércio, “embora nem todos os membros da OMC tenham participado das negociações, todos vão se beneficiar do resultado porque os praticantes vão descartar taxas de importação desses produtos independentemente de qual membro da OMC os tenha produzido.
Convergência Digital

 

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