26 de outubro de 2015

O Profissional Isolado

A principal dificuldade do profissional é a falta de informação (sim a falta de informação mesmo num mundo digital como o de hoje), pois os órgãos regulamentadores, fiscalizadores e derivados deveriam ser parceiros dos contadores
Sou novo na carreira e vivencio o mundo contábil em minha cidade a mais ou menos seis anos e uma coisa sempre me incomodou ao ouvir os mais antigos comentarem em unanimidade que os profissionais contábeis são desunidos e o conselho não ampara, e de fato isso é muito perceptível, principalmente por parte do conselho, pois deveria partir dele a integração dos profissionais e resultando assim numa contabilidade mais coesa e clara.
A principal dificuldade do profissional é a falta de informação (sim a falta de informação mesmo num mundo digital como o de hoje), pois os órgãos regulamentadores, fiscalizadores e derivados deveriam ser parceiros dos contadores, mas por ser um serviço publico que não depende de renda e o conselho não é participativo eles tratam todos de maneira burocrática muitas vezes até confuso em suas praticas processuais, claro todos sabemos que tudo é regido e baseado em legislações, regulamentos, decretos e o todo o resto do nosso convívio diário, contudo nem todos são claros e coesos e diversas vezes não explanam sobre a parte pratica e cadastral fazendo com que todos os profissionais da área escravo dos prazos corram contra o tempo para verificar se tal processo é vantajoso para seu cliente e qual a parte pratica do processo que não foi divulgada. Frente a isso notamos escancaradamente a omissão do conselho, pois o mesmo deveria ser presente e cobrar a contrapartida da exigência do Código Civil que implica que profissionais contábeis são responsáveis solidários de seus clientes, porem com nessa matemática temos uma sobre carga para os contadores, pois o fisco exige uma responsabilidade fiscal porem não incentiva a boa relação do contador com os órgãos fiscais já que são os intermediadores entre o contribuinte e o fisco no mínimo deveria existir uma boa relação e ajuda por parte de ambos, e o conselho regulamentador deveria intervir e exigir do fisco essa postura, pois o mesmo além de ser um conselho regulamentador dos profissionais também é o representante de seus profissionais e tem o dever de facilitar o máximo possível a boa execução das normas contábeis em nosso país.
Se essa postura é adotada e profissionais contábeis atuantes da área participassem mais das praticas processuais dos órgãos fiscais no mínimo teríamos um ganho de informação e legitimidade nas informações prestadas pelos contribuintes que é muito provável que processos teriam seu tempo de analise muito menor que os vistos hoje em todos os órgãos, sem contar na eficácia das informações e a fiscalização mais precisa. Infelizmente o que vemos é uma realidade oposta a isso, informações desnecessárias exigidas pelo fisco, fiscalizações, cadastros defasados com processos lentos, declarações confusas exigidas pelo fisco que muitas vezes não existe se quer um plantão fiscal para auxiliar o profissional a preencher algo que é de próprio interesse do fisco e o conselho o que diz sobre isso? Nada simplesmente finge que não vê, as vezes profissionais se questionam se o seu conselho é comandado por profissionais da área pois não parecem estar preocupados com seus filiados.
Por: Rodrigo Fernandes dos Santos

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